As dúvidas e angustias de uma mãe de primeira viagem quando descobre que o seu tesouro é especial...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Na cama com os pais...

Sim, gente.
O puto dorme comigo.
Sim, também sei que há muita gente que diz que isso pode comprometer a independência dele, a sua autonomia, que destrói o contacto intimo dos pais e blá, blá, blá... O que é certo é que não passo a noite a pensar que ele está destapado e cheio de frio, sei sempre quando ele tem tosse ou o nariz entupido e assim que tem um pesadelo estou lá para o abraçar e acalmar. E sabe tão bem quando ele acorda e vê que está ali, no meio dos pais e se enrosca até encaixar na perfeição no seu cantinho (leia-se 90% da cama). É melhor que uma botija de água quente. Claro que há pontapés e palmadas nocturnas, mas acho que há mais vantagens do que nódoas negras. Ah! E estraga a dinâmica do casal? Só se ela já estiver estragada...

Googlem. Vão ver que a nova geração de psicólogos, psiquiatras e pediatras se estão a inclinar para o cosleeping. Só para abrir a apetite:

Cosleeping Around The World
by James J. McKenna, Ph.D.
"For the overwhelming majority of mothers and babies around the globe today, cosleeping is an unquestioned practice. In much of southern Europe, Asia, Africa and Central and South America, mothers and babies routinely share sleep. In many cultures, cosleeping is the norm until children are weaned, and some continue long after weaning. Japanese parents (or grandparents) often sleep in proximity with their children until they are teenagers, referring to this arrangement as a river - the mother is one bank, the father another, and the child sleeping between them is the water. Most of the present world cultures practice forms of cosleeping and there are very few cultures in the world for which it would ever even be thought acceptable or desirable to have babies sleeping alone."
                    in http://www.naturalchild.org/james_mckenna/cosleeping_world.html, 15/02/2012



Para quem já pratica ou está inclinado a experimentar, aqui vai um guia rápido
















Just in case...


8 comentários:

  1. Ahahah, o desenho é tal e qual o que acontece connosco :) Lá em casa ele agora faz questão de adormecer na cama dele (desde há cerca de 1 ano, mais ou menos) e se lhe digo se quer adormecer na dos pais nem pensar! Mas não há noite em que não acorde a meio e fuja para a nossa cama... E é tão bom acordar com ele a dar beijinhos e a dizer: "Acorda mamã, já é de dia!". Ontem por exemplo, teve um pesadelo e fui buscá-lo. Sabe tão bem nestes noites de inverno, quando o papá não está (pois passa uns dias da semana fora) pegar na minha botijinha de água quente e adormecer agarradinha a ela. Se vai contra o que é aconselhado? Who cares??? Sabe tão bem!!!

    Quanto ao co-sleeping o Dr. Pedro Caldeira por exemplo é apologista. Lembro-me nas 1ªs consultas até me dizer para o por a dormir comigo. Por isso até tenho aval de um especialista e até aos 18 anos, pelo menos, pode fugir para a minha caminha sempre que quiser :)

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  2. Olá, Daniela!
    Descobri este blog durante pesquisas sobre atrasos na linguagem. O meu JF tem 23 meses e foi-lhe agora diagnosticado autismo ligeiro, não vou aprofundar porque já percebi que está dentro do assunto. Tem terapia ocupacional desde os 18 meses, idade em que entrou para a creche. Esta semana fomos a uma consulta de pediatria de desenvolvimento que confirmou o que nós desconfiávamos, temos um menino diferente que apresenta alguns sintomas do espectro do autismo apesar ser ligeiro e de ter muitos aspectos positivos, ou seja, que indicam que com muito estimulo podem ser ultrapassados e que daqui a um ano ou dois se irá notar mais na fala. Sinto-me um pouco assustada com o que o futuro nos reserva... Foi muito bom ler o seu blog e vou ser uma seguidora. Quaisquer sugestões de uma mãe mais experiente neste campo e que possam ser uteis a uns pais que começaram agora a lidar com esta diferença ou doença (não sei bem)serão bem-vindas, obrigada!

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    1. Olá Catarina, bem vinda! Sempre que precisares, não hesites em perguntar! Só uma mãe que passa pelo mesmo é que entende a angustia de outra... Beijinhos*

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    2. Catarina, já somos duas então, eu tenho uma menina com 27 meses com suspeita de PEA...
      Em relação ao dormir, eu durmo com a minha filha e o meu marido dorme noutra cama, ele prefere assim porque sai cedo e assim não corre o risco de nos acordar.
      Ainda estou na fase dela se deitar e me virar costas... e de me dar um valente estalo na cara por eu a acordar a dizer que é dia de escolinha...
      Espero pacientemente pela fase "melga" (como diz a rainbow do filhote dela) em que ela me vai encher de beijos...

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Respeito quem faz co sleeping mas, cá em casa, está fora de questão, exceto se as piolhas estiverem doentes. Elas costumam estar na nossa cama mas não dormem lá.
    Há uns 2 anos atrás, deitávamos as piolhas na cama delas e tinha de ficar sempre alguém até que adormecessem. Um dia, deixou de ser preciso. Ficámos radiantes. Não tinham por hábito vir para a nossa cama nem nós o fazíamos. Às vezes, lá vêm ter connosco, ou porque querem mimo ou porque está mais frio. Acabámos por resolver essa situação com aquecimento constante no quarto há 2 invernos atrás.
    Agora, as únicas situações em que estão na nossa cama são:
    - doentes e estamos todos tão cansados e zmobies que é bem mais fácil tê-las ali ao lado e não precisarmos de nos levantar;
    - manhãs preguiçosas em que ficamos todos na cama, na ronha, antes do pequeno-almoço;
    - 20 minutos de sono partilhado quando o pai se levanta. Durante a semana, o pai levanta-se às 6h45 e eu às 7h20. As piolhas costumam acordar por volta das 7h e, se não estiverem de rabo alsado para ver TV, vêm ter comigo à cama até o despertador tocar.

    Não vou ser cínica e condenar o que quer que seja! Estes pequenos mimos matinais são um delírio e fazem o meu dia funcionar muito melhor. Sabe bem sentir o calor delas ali pertinho, ouvir a sua respiração, sentir o seu cheiro. Os meus bebés estão a ficar cada vez mais crescidos... Mas, tirando estes momentos, cada um no seu quartinho, na sua caminha, com a sua companhia :)

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Tenho que falar... senão dou em doida!

Todos dizem que está tudo bem mas o meu mundo desaba num segundo... Decidi escrever um blog (porque não?), onde vou desabafando e limpando a alma.

Quantos pais não estarão na mesma situação? Ter um filho diferente e não ter certeza de nada? Receio do futuro? E quanta ansiedade muitas vezes não significa NADA? Ou seja, passar 5 ou 6 anos com o coração nas mãos e depois está tudo bem, era só "uma questão de ritmo"? No meu caso, ainda continuo com a malvada incerteza, mas quem sabe...

E porque não desabafar aqui também? Terapia gratuita...
comentários, agradecem-se!