As dúvidas e angustias de uma mãe de primeira viagem quando descobre que o seu tesouro é especial...

sexta-feira, 11 de março de 2011

Para a minha cara-metade

Na vida tudo muda, bom ou mau. Quando decidimos ter um filho (por volta da 1 da manhã do dia 1 de Janeiro de 2007) nunca imaginámos o quanto a nossa vida iria mudar. Acabaram-se as férias de tenda de campismo no carro, a parar onde nos desse na real gana. Acabaram as sessões de cinema no sofá até doer o traseiro (a saga da Guerra das Estrelas toda seguida!) e as idas ao cinema. Nunca mais voltámos ao campo à procura de fósseis ou fotografar as nossas adoradas orquídeas. Acabou a manhã na cama, só porque nos apetecia.
Agora somos 3: temos horários, (especialmente de manhã), os filmes da tv são principalmente desenhos animados, passeios no campo só se for a correr atrás do pequeno, férias são mentira porque não há dinheiro e o garoto não reage bem a "mudanças de rotina"...
Não temos tempo para nada, andamos sempre a correr e em stress: ou é o frio, ou é o calor, ou é o lanche, ou é a birra... Não temos tempo um para o outro e às vezes nem vontade (falo por mim, eu sei que tens sempre vontade!). Mas acredita amor, que apesar de todo este tormento que tem sido a nossa vida nos últimos tempos, não mudava nada na vida que construímos a dois. Temos um filho lindo, que nos dá cabelos brancos e tímpanos novos todos os dias, mas que eu amo profundamente, apesar de às vezes não parecer...
Tem calma comigo e com ele. Obrigada pelo carinho que tantas vezes não sei como retribuir, obrigada por me mandares arejar quando me vês triste, obrigada por dormires com ele quando vês que me doem as costas, obrigada por estares aqui... e desculpa, pela falta de jeito e de não te tratar como mereces.
És tu que mantens colados os pedaços que teimam em partir em mim...
LU
bj

Sem comentários:

Enviar um comentário

Tenho que falar... senão dou em doida!

Todos dizem que está tudo bem mas o meu mundo desaba num segundo... Decidi escrever um blog (porque não?), onde vou desabafando e limpando a alma.

Quantos pais não estarão na mesma situação? Ter um filho diferente e não ter certeza de nada? Receio do futuro? E quanta ansiedade muitas vezes não significa NADA? Ou seja, passar 5 ou 6 anos com o coração nas mãos e depois está tudo bem, era só "uma questão de ritmo"? No meu caso, ainda continuo com a malvada incerteza, mas quem sabe...

E porque não desabafar aqui também? Terapia gratuita...
comentários, agradecem-se!